sexta-feira, 15 de junho de 2007





Tenho sempre a tentação de escrever sobre um jogo de Portugal como este de anteontem frente à Holanda. De dizer mal, de desancar, de questionar o porquê de um "Amoreirinha" ou mesmo de um "Couceiro".

No primeiro jogo "era o primeiro", e contra Holanda foi "o árbitro". Não há uma culpa que se assuma? Não há um jogador (por exemplo o Manuel da Costa, que aprendeu português a passar férias em Cucujães) que diga que a culpa foi do treinador, de si próprio, do João Pereira? Que diga que "não conseguimos articular o nosso jogo e sacudir a pressão a meio-campo?"

Não, a culpa transfere-se para uma circunstância: o "primeiro jogo" ou para um elemento exterior: "o árbitro".

Agora, uma coisa salta à vista. O guarda-redes holandês chama-se Vermeer e os comentadores da TVI, surpreendentemente, não disseram um comentário do tipo: "Grande desfesa do guarda-redes que tem o mesmo nome do pintor do séc. XVII, e que inspirou um filme no qual um director de fotografia português ia ganhando um óscar!"

Outra coisa salta à vista: esta informação do site zerozero que diz que Vermeer é o "12º que menos tempo precisa para marcar na Euro U21 2007. Um golo em cada 0 Minutos."



Uma...pérola.