sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

o meu ano

Gérard Edelinck, Batalha de Anghiari, 1660 (cerca), British Museum, Londres

foi tomar conta de uma realidade impossível de alterar. As premissas de tal acontecimento são a pré-instalação de um ideal que se espera e o desacordo da experiência com esse mesmo ideal. O caminho que se faz numa situação destas é portanto a descida do ideal ao real. E o real ganha sempre. Assim, o meu ano foi positivo porque progredi no conhecimento da realidade. Mas mais importante é mesmo perceber o que depende da nossa vontade e o que, não dependendo da nossa vontade, se aceita para que no futuro a vida tenha um impacto mínimo e a nossa conquista de nós mesmos se determine num perfeito acordo entre o que há e o que se é. Diria mesmo que o meu ano foi uma posse da vida como necessidade, como uma presciência privada.