Spencer Tunick, Melbourne
Muitas vezes, quotidianamente até, dou por mim a exercer esta crença, disfarçada de retórica: “O que é que eles queriam, afinal”? Os cidadãos, os políticos, os treinadores, enfim, todas as pessoas com opinião. O que queriam, afinal? Outro mundo? Outro modo de ser? Outra possibilidade para o Ser?
Nós estamos tão imersos em vozes, em ruído, que parece impossível ouvirmo-nos uns aos outros. Ainda mais difícil é encontrar gente que se contenta com o silêncio. Mas só no silêncio se entende que o tráfego caótico, imundo, de vozes é o que há, apesar do que elas dizem, propõem, discutem. Elas são o que há, e se há algo a mudar, o que duvido, é apenas o volume. Se intercedo por algo, é por um fade out geral.
Nós estamos tão imersos em vozes, em ruído, que parece impossível ouvirmo-nos uns aos outros. Ainda mais difícil é encontrar gente que se contenta com o silêncio. Mas só no silêncio se entende que o tráfego caótico, imundo, de vozes é o que há, apesar do que elas dizem, propõem, discutem. Elas são o que há, e se há algo a mudar, o que duvido, é apenas o volume. Se intercedo por algo, é por um fade out geral.