quinta-feira, 29 de novembro de 2007

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Duplicar a vida através da escrita. Escrever é criar um interstício, uma trincheira entre o nada dos dias mudos e o mistério que se guarda onde as palavras não chegam. Mas será que esse destino da escrita é completo pelo acto mesmo de escrever, ou esse é antes o preenchimento de um não-lugar que é determinação real, pertencente ao próprio mundo, sem nele se situar como topos? É a escrita criadora de lugares, ou de paisagens?