quinta-feira, 4 de outubro de 2007



Leio Henry Miller e Shakespear, contemporaneamente. Muito mais do que alternar entre estas duas “disciplinas”, fico indeciso entre uma e outra. E porque a literatura talvez seja maior do que o mundo, pelo menos em dias absolutamente normais, é esta alternância que rege o meu ir vivendo. De um lado Shakespeare (Cornelia), do outro a devassidão das americanas. De um lado quem seja amarrado a paus para humilhação pública, por mal entendidos e por prevaricação à honra, e do outro a prevaricação como honra.
Tanto um como outro (eis a incontornável síntese, mãe de todos os filósofos!), a transgressão como forma de arte, a criação como respiração.